Nova Ortografia

Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA

Saiba o que mudou na ortografia brasileira
Versão atualizada de acordo com o VOLP
por Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
Este guia foi elaborado de acordo com a 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de 2009.

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:


A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
  • na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
  • na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como eraComo fica
agüentaraguentar
argüirarguir
bilíngüebilíngue
cinqüentacinquenta
delinqüentedelinquente
eloqüenteeloquente
ensangüentadoensanguentado
eqüestreequestre
freqüentefrequente
lingüetalingueta
lingüiçalinguiça
qüinqüênioquinquênio
sagüisagui
seqüênciasequência
seqüestrosequestro
tranqüilotranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como eraComo fica
alcalóidealcaloide
alcatéiaalcateia
andróideandroide
apóia(verbo apoiar)apoia
apóio(verbo apoiar)apoio
asteróideasteroide
bóiaboia
celulóideceluloide
clarabóiaclaraboia
colméiacolmeia
CoréiaCoreia
debilóidedebiloide
epopéiaepopeia
estóicoestoico
estréiaestreia
estréio (verbo estrear)estreio
geléiageleia
heróicoheroico
idéiaideia
jibóiajiboia
jóiajoia
odisséiaodisseia
paranóiaparanoia
paranóicoparanoico
platéiaplateia
tramóiatramoia
Atenção:
essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como eraComo fica
baiúcabaiuca
bocaiúvabocaiuva*
cauílacauila**
* bacaiuva = certo tipo de palmeira
**cauila = avarento
Atenção:
  • se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
  • se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como eraComo fica
abençôoabençoo
crêem (verbo crer)creem
dêem (verbo dar)deem
dôo (verbo doar)doo
enjôoenjoo
lêem (verbo ler)leem
magôo (verbo magoar)magoo
perdôo (verbo perdoar)perdoo
povôo (verbo povoar)povoo
vêem (verbo ver)veem
vôosvoos
zôozoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como eraComo fica
Ele pára o carro.Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte.Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo.Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos.Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra.Comi uma pera.
Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
  • se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
    Exemplos:
    verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
    verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
  • se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
    Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
    verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
    verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen com compostos

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos:
Belo Horizonte - belo-horizontino
Porto Alegre - porto-alegrense
Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte
África do Sul - sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacionário
sub-bibliotecário
inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar
Outros casos do uso do hífen
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-
-alunos.

Fonte : http://michaelis.uol.com.br/novaortografia.php

Guia prático da nova ortografia

Faça o download gratuito do e-book Guia Prático da Nova Ortografia, distribuído pela Michaelis pela editora Melhoramentos.
Leia abaixo alguns trechos do e-book:
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995. Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas
Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos,elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente s bre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografi a brasileira, sem preocupação com questões teóricas.


Fonte : http://novaortografia.com/guia-pratico-da-nova-ortografia/


REFORMA ORTOGRÁFICA:

Hífen - prefixação

O caso dos prefixos e falsos prefixos

Márcia Lígia Guidin*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
COM PREFIXOS OU FALSOS PREFIXOS
PREFIXOS
OU FALSOS
PREFIXOS
REGRAS
EXEMPLOS
OBSERVAÇÕES;
SAIBA MAIS
Vogais iguais1. Usa-se o hífen quando o prefixo e o segundo elemento juntam-se com a mesma vogal.anti-ibérico,
auto-organização,
contra-almirante,
infra-axilar,
micro-ondas,
neo-ortodoxo,
sobre-elevação,
anti-inflamatório.
Mas os prefixos co, pro, pre, re se juntam ao segundo elemento, ainda que este inicie pelas vogais o ou e: coocupar, coorganizar, coautor, coirmão, cooperar, preenchimento, preexistir, preestabelecer, proeminente, propor reeducação, reeleição, reescrita.
Vogais diferentes2. Não se usa o hífen quando os elementos se unem com vogais diferentes.autoescola, autoajuda, autoafirmação, semiaberto, semiárido, semiobscuridade, contraordem, contraindicação, extraoficial, neoexpressionista, intraocular, semiaberto, semiárido.
Consoantes iguais3. Usa-se o hífen se a consoante do final do prefixo for igual à do início do segundo elemento. inter-racial,
super-revista,
hiper-raquítico,
sub-brigadeiro.
Se o segundo elemento começa com s, r. 4. Não há hífen quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso, duplicam-se as consoantes. antirreligioso, minissaia, ultrassecreto, ultrassom. Porém, coforme a regra anterior, com prefixos hiper, inter, super, deve-se manter o hífen:
hiper-realista,
inter-racial,
super-racional,
super-resistente
.
Se o segundo elemento começa com h, m, n, ou com vogais. 5. Usa-se o hífen: se o primeiro elemento, terminado em m ou n, unir-se com as vogais ou consoantes h, m ou n.circum-murado,
circum-navegação,
pan-hispânico,
pan-africano,
pan-americano.
Ex, sota, soto, vice6. Usa-se hífen com os prefixos: ex, sota, soto, vice. ex-almirante,
ex-presidente,
sota-piloto,
soto-pôr,
vice-almirante,
vice-rei.
Escreva, porém, sobrepor.
Pré, pós, pró 7. Usa-se hífen com os prefixos pré, pós, pró (tônicos e acentuados com autonomia). pré-escolar,
pré-nupcial,
pós-graduação,
pós-tônico,
pós-cirúrgico,
pró-reitor,
pró-ativo,
pós-auricular.
Se os prefixos não forem autônomos, não haverá hífen: predeterminado, pressupor, pospor, propor.
O prefixo termina em vogal ou r e b e o segundo elemento se inicia com h. 8. Usa-se o hífen quando o prefixo termina em r, b ou vogais e o segundo elemento começa com h.anti-herói,
inter-hemisférico,
sub-humano,
anti-hemorrágico,
bio-histórico,
super-homem,
giga-hertz,
poli-hidratação,
geo-história.
A) Mas as grafias consagradas serão mantidas: reidratar, desumano, inábil, reabituar, reabilitar, reaver.
B) Se houver perda do som da vogal final, prefere-se não usar hífen e eliminar o h: cloridrato (cloro+hidrato), clorídrico(cloro+hídrico).
Sufixos de origem tupi9. Usa-se o hífen com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige distinção dos elementos.Anajá-mirim,
Ceará-mirim,
capim-açu,
andá-açu,
amoré-guaçu.
Este quadro está apoiado nas obras:
BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008.
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/São Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008.
GOMES, Francisco Álvaro. O acordo ortográfico. Porto, Porto Editora, 2008.


Veja também


Fonte : http://educacao.uol.com.br/portugues/hifen-prefixos.jhtm

Testes e Simulados > Quizzes


Você já memorizou as novas regras da língua portuguesa? No Novo Acordo Ortográfico, temas como o uso do hífen, do trema e dos acentos fazem parte das mudanças na ortografia. Teste-se sobre os acentos agudo e diferencial. (Foto: Cris Castello Branco/UOL)


Correção:
ERRADO
CERTO
1-

Assinale a dupla de palavras que representa a mudança na acentuação dos ditongos abertos na nova reforma ortográfica:













2-

O que acontece com o acento diferencial presente em 'pára' e 'pêlo', por exemplo?













3-

Por que o acento agudo na palavra 'feiúra' desaparece? Com as novas regras, o correto é feiura:













4-

Qual das seguintes grafias está incorreta, segundo as novas regras de acentuação?













5-

Assinale a frase que apresenta corretamente as mudanças no uso do acento diferencial:


















UOL
Educação Reforma Ortográfica: Conheça as novas regras

Trema


Deixou de ser usado, mas nada muda na

pronúncia

Atenção:

Exceção para nomes próprios estrangeiros


(como

Müller e Bündchen)


bilíngue

pinguim

cinquenta

linguistico

delinquente

Antiguidade

quinquênio

tranquilo

sequestro

consequência

aguentar

sagui

arguir

linguiça


Ditongos abertos


Os ditongos ‘éi’, ‘ói’ e ‘éu’ só continuam a ser

acentuados no final da palavra

Atenção:

O acento será mantido em destróier e


Méier

, conforme a regra que manda acentuar os


paroxítonos terminados em ‘r’


Mas céu, dói, chapéu, anéis, lençóis não mudam


boia

paranoico

heroico

plateia

ideia

tipoia


Acento diferencial de tonicidade


Não se acentuam mais certos substantivos e

formas verbais para distingui-los graficamente

de outras palavras

Atenção:

Esta regra aplica-se também às palavras


compostas:

para-brisa, para-raios.


Para evitar confusões, foram mantidos os acentos do

verbo

pôr e da forma do pretérito perfeito pôde. O


acento de

fôrma (distinto de forma) é facultativo


Vou

para casa. (preposição)


Ela não

para de chorar. (verbo)


Vou

pelo morro/pela estrada. (contração de preposição + artigo)


O

pelo do gato. (substantivo)


Eu

pelo/ele pela a cabeça. (verbo)


Acento circunflexo


Os hiatos ‘oo’ e ‘ee’ não recebem mais acento

Atenção:

Continuam acentuados (ele) , (eles) vêm


[verbo vir], (eles)

têm etc.


abençoo

perdoo

magoo

enjoo

leem

veem

deem

creem


Acento agudo sobre o 'u'


1. Não se acentua mais o ‘u’ tônico das formas

verbais argui, apazigue, averigue

2. Não se acentuam mais o ‘u’ e o ‘i’ tônicos

precedidos de ditongo em palavras paroxítonas

Atenção:

Feiíssimo e cheiíssimo continuam


acentuados porque são proparoxítonos; bem como


Piauí

e teiú, que são oxítonos


feiura

bocaiuva

baiuca

Sauipe


Hífen


O hífen é empregado:

1. Se o segundo elemento começa por ‘h’

Atenção:

Esta regra não se aplica às palavras em


que se unem um prefixo terminado em vogal e uma

palavra começada por ‘r’ ou ‘s’. Quando isso

acontece, dobra-se o ‘r’ ou ‘s’: microssonda

(micro + sonda), contrarregra, motosserra,

ultrassom, infrassom, suprarregional


geo-história

giga-hertz

bio-histórico

super-herói

anti-herói

macro-história

mini-hotel

super-homem


2. Para separar vogais ou consoantes iguais


inter-racial


micro-ondas

micro-ônibus

mega-apagão


sub-bibliotecário

sub-base

anti-imperialista


anti-inflamatório


contra-atacar


entre-eixos


hiper-real

infra-axilar


3. Prefixos ‘pan’ ou ‘circum’, seguidos de palavras

que começam por vogal, ‘h’, ‘m’ ou ‘n’


pan-negritude

pan-hispânico

circum-murados

pan-americano

pan-helenismo

circum-navegação


4. Com ‘pós’, ‘pré’ ‘pró’


pós-graduado

pré-operatório

pró-reitor

pós-auricular

pré-datado

pré-escolar


Fonte:

José Carlos de Azeredo, professor adjunto de língua portuguesa da Uerj


(Universidade do Estado do Rio de Janeiro), autor de

Gramática Houaiss da língua


portuguesa

e coordenador e consultor do livro Escrevendo pela nova ortografia (Instituto Antônio Houaiss/Publifolha)



Nova ortografia - Trema continua em nomes estrangeiros e termos deles derivados

Por Thaís Nicoleti
Linguiça, bilíngue, consequência, sequestro, pinguim, sagui, tranquilidade... O trema acaba de ser suprimido dos grupos de letras GUI, GUE, QUI e QUE, nos quais indicava a pronúncia átona (fraca) da letra "u".

A pronúncia tônica (forte) da letra "u" nesses grupos era indicada por um acento agudo, que também deixa de ser usado. Assim, formas como "argúi" e "averigúe" passam a ser escritas como "argui" e "averigue".

É interessante observar que esses grupos, agora grafados de forma comum, apresentam três diferentes pronúncias: "sagui" ("u" átono), "argui" ("u" tônico), "enguiçar" ("u" mudo, como parte de um dígrafo).

Ao conjugar o verbo "arguir" no presente do indicativo, agora obteremos as formas: eu arguo, tu arguis, ele argui, nós arguimos, vós arguis, eles arguem. Na grafia antiga, assinalava-se a diferença entre a segunda pessoa do singular (tu argúis) e a segunda pessoa do plural (vós argüis), uma com acento, outra com trema. Agora, teremos um par de homógrafos (palavras de grafia idêntica) heterófonos (de pronúncia diversa).

Não podemos, entretanto, dizer que o trema desapareceu de todas as palavras da língua portuguesa. Isso porque será mantido nos nomes estrangeiros e nos termos deles derivados. Assim: Müller e mülleriano, por exemplo.



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